segunda-feira, 25 de maio de 2009

Como entender, Definição do problema e Hipóteses para sua solução

Como entender a importância: da correta definição; aliança à tecnologia; correta avaliação e estruturação de uma empresa visando a Competitividade?

A Competitividade é definida pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) como o “conjunto de fatores, políticas e instituições que determinam o nível de produtividade de um país”. O conceito se relaciona a uma idéia de vantagem absoluta das nações ligada ao nível global de produtividade, e inspira-se fortemente nas idéias de Michael Porter em seu livro intitulado A Vantagem Competitiva das Nações. A competitividade está ligada diretamente à capacidade de enfrentar a concorrência. É importante que ela seja abordada como indicador da capacidade de instituições, de empresas, de setores econômicos e de território competirem. A tecnologia afeta qualidade e preços, agindo indiretamente no processo de competitividade. Parece cada vez mais latente, a competitividade associada principalmente com a diferenciação dos produtos através da inovação tecnológica e não com preços e custos.
No que tange ao aspecto da competitividade, o tema assumiu uma presença crescente e marcante na análise econômica do desempenho de empresas, indústrias e países devido ao processo de globalização enfrentado pela economia mundial nos últimos anos. Para manter ou conservar condições competitivas, as empresas e os governos passaram a ter uma necessidade de reestruturação produtiva e organizacional, através de redefinição de estratégias, de desenvolvimento de novos mercados, entre outros recursos, os quais exigem um grande esforço de adaptação. Para Maria Silvia Possas – (com tese de Doutorado - Concorrência e Competitividade - Instituto de Economia- UNICAMP-1997) - tecnologia afeta qualidade e preços, agindo indiretamente no processo de competitividade. Parece cada vez mais latente, a competitividade associada principalmente com a diferenciação dos produtos através da inovação tecnológica e não com preços e custos.
Devemos destacar que a geração de tecnologia por si, não constitui razão de aumento da competitividade de maneira automática e sim, somente com elevada interação e aplicação na redução de custos ou aumento da qualidade nos produtos dos diversos segmentos na qual está inserida, pode trazer algum beneficio em se tratando de aumento da competitividade, seja em termos da empresa ou de um grupo de países. Somente com elevada vantagem em relação à tecnologia antiga, uma nova tecnologia é aplicada e torna-se causa do aumento da competitividade, seja através da significativa melhoria da qualidade do produto ou através de relevante redução de custos ou alterando o paradigma tecnológico do setor, possibilitando uma vantagem comparativa que propicia um sobre-lucro durante um período curto de tempo. Podemos concluir que aplicando tecnologia somos capazes de entender que apesar da complexidade para implementação da mesma o alto custo envolvido, os resultados colhidos, isto é, os prós, serão infinitamente compensadores aos contras, que se tornam mínimos diante da melhoria que pode ser alcançada melhorando assim, a qualidade de vida do ser humano na Terra, adotando uma atitude de posição firme que trabalhe para que o mundo no futuro seja habitável e ainda tenha recursos naturais aptos à utilização, uma consciência de que todos são iguais perante o universo e portanto quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a inclusão mais cedo se completará a construção de uma verdadeira sociedade para todos, e, por fim, a união de todos esses fatores no mercado de trabalho trará vantagens competitivas imensuráveis que agregarão valor não só aos produtos e às empresas, como também e por que não, à sociedade como um todo que terá seus valores melhor trabalhos e seus trabalhos mais bem valorizados...

Definição do problema da realidade a ser investigado: Quais os benefícios e limitações pertinentes à Competitividade?

No mês de janeiro é divulgado o indicador de competitividade mais famoso, ICG - o Índice de Competitividade Global, do FEM. Nos últimos anos, as notícias não foram muito animadoras para o Brasil - a posição brasileira no ranking do ICG caiu de 45º lugar em 2002 para 54º em 2003, 57º em 2004, manteve esta posição em 2005, mas em 2006 nossa economia foi rebaixada para a 66.ª posição. Diante desses resultados, a pergunta - chave é: até que ponto devemos nos preocupar com comparações como o ICG? A construção desses índices se baseia sobre o conceito de competitividade já visto no início deste trabalho
Mesmo que concordemos com a idéia de comparar nações com base no nível global de produtividade, instituições, clima de investimento e outras características - com a ressalva de que o conceito de competitividade atrelado a vantagens absolutas não é algo consensual -, o ponto é que indicadores como o ICG apresentam limitações que merecem ser tão debatidas quanto seus resultados.
A metodologia do ICG combina dados de diversas fontes, mesclando informações de órgãos governamentais com pesquisas feitas com homens de negócios para avaliações menos tangíveis, como a qualidade das instituições. As informações são divididas em “pilares” da competitividade, como infra-estrutura, estabilidade, condições socioeconômicas da população (e outras) e sintetizadas numa pontuação que gera o ranking. Nesse sentido, esse indicador busca uma mensuração ex-ante das condições para a competitividade, e não se baseia em medidas de desempenho e sucesso das empresas em sentido estrito.
“O exercício de benchmarking internacional feito por instituições como o Fórum Econômico Mundial não deve ser abandonado por completo, mas compreendido dentro de seu contexto e limitações”

Porém, as principais limitações desse índice são seis, três de ordem prática e três de natureza teórica.

As três primeiras (limitações práticas) são:
1) incrivelmente, o ranking do ICG - que até o ano passado se chamava Índice de Competitividade de Crescimento - não apresenta nenhuma correlação com a taxa de crescimento do país;
2) se a competitividade é compreendida como um conceito mais estrutural, os países não deveriam mudar tanto de posição de um ano para o outro (veja o caso do Brasil), embora isso esteja relacionado com o fato de que
3) a conjuntura influencia muito a posição do ranking. Por exemplo, as quatro primeiras posições no pilar macroeconômico foram alcançadas por Argélia, Kuwait, Catar e Emirados Árabes, não necessariamente porque a gestão da política macroeconômica desses países seja de excelente qualidade, mas por causa do aumento dos preços do petróleo e dos conseqüentes royalties.

As três últimas (limitações teóricas) são:
1) que é muito difícil sintetizar numa pontuação de 1 a 7 o conceito de competitividade acima definido.
2) Que mesmo admitida a validade do exercício, os indicadores fiscais, de balanço comercial e de pagamentos devem ser avaliados de uma perspectiva intertemporal, e não ano a ano. Aliás, não raro superávits comerciais vêm acompanhados de recessões econômicas.
3) Por fim, a principal limitação teórica dos indicadores de competitividade ex-ante é que as pré-condições, sejam elas quais forem, não necessariamente se transformam em crescimento ou competitividade.

Dessa forma, a resposta para a pergunta inicial é que o exercício de benchmarking internacional feito por instituições como o FEM não deve ser abandonado por completo, mas compreendido dentro de seu contexto e limitações. E, sobretudo, complementado por comparações baseadas em medidas de desempenho e capacidades inovadoras dos tecidos produtivos dos países, como as que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tem desenvolvido nos últimos anos.
Podemos notar que o termo competitividade, é um processo, tendo como causa a concorrência entre firmas ou entre países, tendo como fim, a expansão da valorização do capital, no caso das empresas, e expansão do poder aquisitivo real (em termos internacionais) no caso de países, sendo a inovação tecnológica (seja em produtos, processos ou gestão), afetando os custos e principalmente, diferenciando o produto, os meios para esse fim e esse termo também possui uma relação muito próxima com a busca pela valorização do capital, assim, inovação tecnológica, produtividade (afetada pela primeira), atua no sentido de colaborar como o objetivo de aumentar a valorização do capital através de redução de custos ou vantagens de diferenciação que permitam obter uma maior valorização do capital e resistir às ciclos do capitalismo.

Possíveis hipóteses para a solução do problema da realidade estudado:

Como colocado anteriormente, por combinar dados de diversas fontes, mesclando informações de órgãos governamentais com pesquisas feitas com homens de negócios para avaliações menos tangíveis, como a qualidade das instituições, a metodologia do ICG divide as informações em “pilares” da competitividade, como infra-estrutura, estabilidade, condições socioeconômicas da população (e outras) e sintetizadas numa pontuação que gera o ranking. Nesse sentido, esse indicador busca uma mensuração ex-ante das condições para a competitividade, e não se baseia em medidas de desempenho e sucesso das empresas em sentido estrito. Ou seja, segundo nosso parecer, ele avalia a competitividade de cada país segundo a sua capacidade e potencial de atender às especificações necessárias para se alcançar o sucesso. E a melhor forma de se avaliar, segundo o nosso entendimento dos artigos estudados, seria analisar de acordo com os resultados obtidos e não com a capacidade de se obter resultados, em outras palavras, ele não chega a ser totalmente satisfatório, pois, deixa a desejar em seus métodos de avaliação, por isso, o autor menciona que o exercício de benchmarking internacional feito por instituições como o Fórum Econômico Mundial não deve ser abandonado por completo, mas compreendido dentro de seu contexto e limitações, isto é, acatar os números de seus rankings, porém sempre levando em consideração que é preciso avaliar em paralelo a isso as limitações práticas e teóricas pertinentes a eles para que se possa considerar possíveis margens de erro que venham a fazer a diferença na imagem dos países envolvidos.
Os resultados da prática dessa análise por um novo ângulo são otimizados quando por exemplo: no caso do mercado consumidor: a competitividade acirra a concorrência e diminui os preços; força a busca pela excelência na qualidade e agrega valor ao produto; e, entre outros força o desenvolvimento do país, à medida que faz girar a economia.

Justificativas para seleção do tema estudado

A competitividade foi o assunto selecionado, devido à necessidade que se vê em encontrar definições para a mesma, visto que muito se tem discutido sobre a necessidade de buscarmos a uma competitividade maior, e que somente sendo mais competitivos é que vamos obter sucesso, além de “crescimento através da competitividade”, etc. Enfim, de tão popularizado e vulgarizado, este termo está se tornando mais um jargão econômico sem significado. Por isso, com base nas elucidações encontradas nas fontes buscadas e pela importância do entendimento desse assunto para aplicação no cotidiano, entre muitos outros, mas principalmente as palavras de Maria Silvia Possas (com tese de Doutorado - Concorrência e Competitividade - Instituto de Economia - UNICAMP-1997) nos despertaram maior interesse por este tema nos fez buscar mais fontes que nos trouxessem mais informações sobre ele.

Objetivo do Estudo

De maneira sucinta, podemos dizer que o objetivo deste estudo é analisar os benefícios, aliados à tecnologia, que a competitividade traz para o mercado consumidor de modo que quando aplicada, se alcance o diferencial da tão almejada vantagem competitiva no acirrado mercado contemporâneo.

Referências bibliográficas

-> Oliveira, Rogério Ceron de - 12/01/2003 - “Competitividade - Definição e Problemas de Mensuração” – Disponível em: http://www.economiabr.net/colunas/ceron/competitividade.html - Acesso em 17/05/2009
-> Araújo, Bruno – “Competição pela competitividade?” – Disponível em: http://www.ipea.gov.br/desafios/edicoes/30/artigo40216-1.php - Artigo central do estudo - Acesso em 17/05/2009
-> Porter, Michael E. - "What is Strategy?" - Disponível em: http://www.isc.hbs.edu/ - Acesso em 26/05/2009
-> Porter, Michael E. & Kramer, Mark R. "The Competitive Advantage of Corporate Philanthropy" - Disponível em: http://www.isc.hbs.edu/ - Acesso em 26/05/2009
-> Da Escola de Economia de Estocolmo, há um artigo que trata do assunto - Disponível em: http://www.hhs.se/csc/Pages/default.aspx - Acesso em 26/05/2009
-> Este site, do Canadá, nos mostra um pouco do que podem ser as oportunidades em momentos de cenário de crise, baseados na competitividade - Disponível em: http://www.competeprosper.ca/index.php/media/press_releases/wef08_09pr - Acesso em 26/05/2009